
O começo de 2018 foi repleto de hits virais e faixas frescas, que chegaram quase despretensiosas, mas promoveram novos nomes e renderam notoriedade para grupos consolidados, seja pela quantidade de views assustadora, ou mais ainda, pelo impacto causado nos kpoppers.
Começamos com o frenético girlgroup MOMOLAND, que botou todo mundo pra dançar com o hit BOOM BOOM. O sucesso quase inesperado do grupo também chamou atenção para a excentricidade cativante das integrantes e pelo frenesi coletivo gerado pela faixa chiclete, que atingiu quase 300 milhões de views e ganhou uma continuação em BAAM, outro single que fritou nossos ouvidos durante um bom tempo.
Ainda em janeiro, o iKON atingiu seu primeiro mega sucesso com Love Scenario – parte do disco Return – em três anos de existência. Deixando um pouco de lado o hip hop e as bases pesadas, o single calminho e de melodia simples acabou deixando a Ásia toda contente e extasiada. A faixa ainda tomou proporções gigantescas, viralizando entre crianças e idosos.
A receita sobre como superar o fim de um relacionamento atingiu em cheio nossos corações e tornou ainda maior a fanbase do grupo, que lançou posteriormente a excelente Killing Me.
O NCT e suas três units provaram
que não existem limites para o quão grande um grupo de k-pop pode ser. A
loucura idealizada pela S.M. Entertainment em 2016 deu muito certo, e
os meninos foram destaque fora da Coreia em 2018, participando de
inúmeros programas de TV americanos e produzindo conteúdos com a
Billboard e o BuzzFeed.
A sexy Baby Don’t Stop foi lançada pelo NCT U, primeira subunidade a debutar, revelando os talentosos Taeil, Taeyong, Doyoung, Ten, Jaehyun e Mark. BOSS, GO e Touch são outras faixas para o dever de casa estar completo se você quer conhecer um dos maiores destaques da nova leva do k-pop.
(G)I-DLE é um novo grupo protagonizado por seis trainees com
passados brilhantes: Miyeon, Minnie, Soojin, Soyeon, Yuqi e Shuhua
apostaram suas carreiras na nova empreitada. O destaque fica com a líder
Soyeon, responsável por ser uma das que mais brilharam nos realities Produce 101 e Unpretty Rapstar. O debut das meninas aconteceu esse ano com LATATA, garantindo espaço nos charts e programas de TV sul-coreanos durante um longo período. Mas foi agora, com o single HANN,
que o girlgroup atingiu seu marco colossal. Se lançando sob uma
roupagem sombria e misteriosa, o (G)I-DLE retornou falando sobre traição
e solidão após um término – os assobios do refrão dão um toque único e
fantasmagórico para a composição. Se em LATATA o grupo declarava amor por dias e noites, agora é hora de esquecer o boy e seguir em frente.
Pentagon também agitou os charts em abril com a contagiante SHINE. As bases apresentadas como sucesso garantido pelo iKON lá em Love Scenario passaram
o trono para esse hino alegre e caloroso. Os doze jovens são agenciados
pela Cube Entertainment, empresa protagonista do vexame do ano
envolvendo a expulsão do ex-integrante E’Dawn e da cantora Hyuna, após
uma declaração oficial da artista revelando seu namoro com E’Dawn. A
história estampou o grupo nas manchetes coreanas, mas ele continua ativo
mesmo com a chocante saída do rapper. Contudo, seu futuro e sua
relevância ainda soam como incertos dentro do cenário.
Sempre muito seguro e sedutor, o quarteto MAMAMOO lançou o maravilhoso álbum Red Moon em
julho, assumindo ainda mais riscos em suas composições e confiando
plenamente em seus talentos únicos. O ritmo latino tomou conta da faixa Egotistic e
fez o grupo deslanchar rumo à fama internacional (rendendo até um
showcase no Brasil), elevando ainda mais seus vocais potentes e a
atitude empoderada. O sucesso foi tanto que elas foram reconhecidas como Favorite Vocal Artist durante a premiação do MAMA Awards 2018 em Hong Kong.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Mnet elegeu o girlgroup TWICE como as donas da música do ano. What Is Love? surgiu
cheia de referências aos clássicos do cinema e só alimentou a profecia
sobre o poder do grupo de emplacar hits alegres e vibrantes. O TWICE
ainda recebeu o título de Best Female Group, entregue para cada uma das
nove integrantes.
O jovem Holland fez estreia neste
ano acompanhado por um baita diferencial: ele é o primeiro cantor de
k-pop assumidamente LGBT. Seu primeiro single fala abertamente sobre sua
sexualidade e seu desejo de escapar para um lugar melhor, onde pode ser
livre para ter escolhas. O nome da faixa não poderia ser mais
significativo – Neverland. Causando muito barulho em sua estreia, o idol vem ganhando suporte da crítica internacional.
Holland acabou aproximando o debate sobre
representatividade LGBTQ+ dentro da indústria do k-pop. Sua existência e
produção musical (como artista independente sem apoio de grandes
gravadoras ou da mídia local) alertam para que a sociedade sul-coreana
entenda a necessidade de se reposicionar diante do seu histórico
homofóbico e conservador sobre minorias. No clipe, podemos conferir o
amor livre entre dois garotos, com direito a beijo e momentos fofos como
qualquer casal merece ter.
Em 2018, o YouTube se mostrou o maior aliado do k-pop em sua dominação global. BTS e BLACKPINK
estrelaram grandes momentos na plataforma – só o primeiro emplacou duas
faixas no top 10 de vídeos mais assistidos em até 24h da história do
canal.
Além disso, este ano o BLACKPINK finalmente soltou Square Up,
o tão aguardado primeiro álbum. A enorme pressão criada pela imprensa e
pelos fãs por tamanha demora não ofuscou o barulho nas redes sociais. O
hino DDU-DU DDU-DU em poucas horas se tornou uma das músicas
mais executadas nas plataformas de streaming e o mv – repleto de duras
críticas à mídia ofensiva – foi o mais rápido a atingir 550 milhões de
visualizações e levou o título de videoclipe de k-pop mais assistido de
2018.
Por falar em BTS, o grupo lançou
dois discos completos em um único ano e promoveu a onda coreana ao redor
do mundo. Foi eleito o nome do ano pela revista TIME,
discursou para líderes globais em congresso na ONU, venceu infinitas
premiações (dentro e fora da Coreia do Sul) e movimentou 3,6 bilhões
para a economia interna de seu país. O BTS é, sem dúvidas, o maior nome
da terceira geração do k-pop e seus feitos prometem render ainda mais
recordes nos próximos anos. Vale o imenso agradecimento para o fandom
ARMY, que colocou os idols no topo dos charts em todos os seus
lançamentos, fez o grupo se tornar a tag mais utilizada no Twitter e no
Instagram, financiou propagandas e flash mobs para comemorar o
aniversário de cada um de seus membros, lotou salas de cinema para
assistir ao primeiro documentário sobre o grupo e esgotou em segundos
todos os estádios de diversos países por onde eles passaram. Se no final
de 2018 você ainda não se tornou ARMY, algo de errado está acontecendo
com você. Hahaha!
Os singles Fake Love e IDOL merecem total destaque como as canções mais icônicas do grupo até agora.
O ano ainda cumpriu sua promessa de entregar novos grupos como LOONA, Stray Kids e IZ*ONE. Destacou nomes como The Boyz, GWSN, Kard, DREAMCATCHER, Fromis_9, SF9 e APINK. Também compensou a saudade de grandes nomes como Girls Generation, EXO, SHINee, Super Junior, e deu lugar ao podium para grupos fortes como MONSTA X, Seveenteen, NU’EST, Wanna One, WINNER, RED VELVET e GOT7.
As divas solistas Hyuna, Sunmi, Chungha, Hyolyn e BoA também
brilharam e mostraram que estão cada vez mais no controle de suas
próprias carreiras, soltando verdadeiros hits prontos para ouvir no
repeat por horas ou se jogar na balada.
Agora só nos resta esperar que 2019 tenhamos muito mais ARMY, ELF e novos grupos K-Pops e que os que já estão ai na onda do sucesso permaneçam por muito mais anos e venham para o Brasil, please!
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